terça-feira, 21 de junho de 2011

palavras

Gosto de palavras. Pronuncio-as, sinto-lhes o gosto, a textura. Com elas me perco tantas vezes e, de novo, por elas me encontro.
Há palavras que me seduzem infinitamente mais que outras. Numas, é o referente que me  agarra. Noutras é o modo como soam aos meus ouvidos: doces, ou melódicas, ou exóticas.

Estas são algumas. Assim, todas seguidas, lembram alguma espécie de ladainha invocatória:

morabeza, espuma, mar, estrela, volúpia, deuses, ousadia, sedução, estultícia, missanga, merengue, maracujá, diabo, devil, awesome, paixão, desamparinho, tertúlia, mentira, beijo, fogo, sangue, anjo, feitiço, sombra, vinho, louco, sedento, lábios, viajar, ilha, máscara, insólita, cacajuetes, inusitado, inebriado, sorvete, desvario, muqueca, jindungo, nau, baú, fera, sal, marejados, cadência, lento, carícia, pele, escarlate, sussurro, murmúrio, romã, boémia…