Tenho um problema com os
títulos. Um problema abrangente porque inclui desde títulos académicos a
títulos de patentes militares e, o que mais me desagrada, os títulos a dar aos
textos que escrevo. Se professores, doutores, brigadeiros e coronéis não me
chateiam nada, já o mesmo não posso dizer do vazio que se instala no meu
cérebro cada vez que preciso de nomear um texto. Logo eu, que sou capaz de
comprar um livro só porque o nome me seduz. O pior é que em inglês me surge
imediatamente o título perfeito. São títulos na língua de Shakespeare, é certo,
mas devem ler-se com acento americano, claro. Anda uma criatura há anos a
defender as culturas lusófonas e a lusofonia para depois ser assim,
despudoradamente, traída por títulos pouco cooperantes.